A partir de meados do século XIX,
quando a produção de café ganhou grande importância econômica no Brasil, a mão
de obra predominante nas fazendas era a escrava, por isso o tráfico negreiro se
intensificou.
Ao chegar nas fazendas, os negros
se deparavam com péssimas condições de moradia e trabalho. Eles se acomodavam
nas senzalas, construções precárias, na maioria das vezes sem divisórias,
com poucas ou nenhuma janela. Nas senzalas, havia uma única porta, sendo ela geralmente pequena, e tinham correntes para aprisionar os escravizados que seriam punidos
por terem feito algo errado. No período da noite, a senzala era trancada e os
escravos não podiam sair.
Alguns barões de
café disponibilizavam senzalas adequadas à preservação de saúde do escravo, apenas porque estavam preocupados com seus investimentos, isto é, seus próprios escravos.
Na sociedade e dentro da fazenda o que atestava
o poder do proprietário era o número de escravos que possuía. Os escravizados
eram divididos em suas tarefas: escravos que trabalhavam na lavoura (eito) e
os domésticos, que trabalhavam no interior da casa. Esta divisão de trabalho modificava o
tratamento dos senhores, sendo os domésticos "privilegiados" com melhores vestuários e alimentação.
Na lavoura o trabalho dos
escravos começava as quatro e meia da madrugada, depois de terem tomado café
com açúcar. As dez horas almoçavam farinha de mandioca, arroz ou milho, às
quatro jantavam carne seca com arroz e farinha, e depois voltavam a trabalhar
novamente até as sete horas da noite. Ceavam arroz ou farinha de mandioca ou de
milho e em seguida era o tempo de dormir, porém, na maioria das vezes
conversavam até depois da meia-noite.
O trabalho pesado, a péssima
alimentação, as poucas horas de sono e a moradia precária tinham como consequência
uma expectativa de vida quase sempre curta. Havia escravos com mais de 80
anos, mas não era comum, sendo difícil quem ultrapassasse os 60 anos.
Ocorreram no Brasil uma série de
leis abolicionistas. A primeira delas foi a Lei Eusébio de Queiroz, que foi
decretada em 1850, e extinguia o tráfico internacional de escravos. Com a falta de escravos e o aumento do preço destes, a alternativa dos cafeicultores foi comprá-los das
lavouras em "ruínas" do Nordeste e/ou empregar trabalhadores europeus.
A partir da década de 1870, a
entrada de trabalhadores europeus passou a ser organizada pelo governo.
Aproveitando as conturbações políticas nos demais continentes, o império
colocava propagandas de emprego e de vida melhor existentes no Brasil.
Em seguida, em 1871, foi aprovada
a Lei do Ventre Livre, que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir da aprovação desta lei. Depois, em 1885, foi aprovada a Lei dos Sexagenários, libertando
escravos com mais de 60 anos de idade.
Logo após, em 1888, foi assinada a
Lei Áurea, que extinguia de vez a escravidão. Dessa maneira, a mão-de-obra escrava foi totalmente substituída pela imigrante.
Não demorou muito para o
imigrante ocupar quase todos os serviços nas lavouras paulistas. Quando os
imigrantes chegaram ao Brasil tiveram uma surpresa, pois os brasileiros haviam
prometido muitas coisas aos europeus, como condições boas de trabalho, boas
condições de vida etc. Porém, quando eles chegaram, encontraram
condições muito ruins, como moradias precárias, salário ruim, péssimas condições
de trabalho etc.
Acostumados
com a exploração dos escravos, muitos cafeicultores impuseram condições de
trabalho desvantajosas aos colonos. No colonato, o sistema de trabalho era
feito por tarefa, assim cada família recebia um pagamento
proporcional aos pés de café entregues pelo fazendeiro para serem cuidados.
Uma das
diferenças do colonato era que os colonos tinham permissão de cultivar
na propriedade produtos de subsistência. Em alguns cafezais
era permitido vender esses produtos para comerciantes das cidades ou povoações
vizinhas ou para o próprio fazendeiro.
Quando os colonos imigrantes conseguiam liquidar seus débitos até o final do contrato com os donos da terra, era comum o deslocamento em massa dos trabalhadores para outra propriedades.


Caríssimo, este texto está sem o nome dos autores! Precisa incluir urgentemente! Na avaliação, haverá uma nota do grupo (o blog como um todo), mas também uma nota individual, de acordo com os textos que cada aluno escreveu. Logo, eu preciso saber a autoria de todos os textos.
ResponderExcluirO oitavo ano de 2015 construiu um jeito diferente de contar a história do café no Brasil. Expressão de cheiros, tons e gostos da nossa terra. Narração uma época, de muito trabalho escravo para, na Casa Grande, seus transeuntes degustarem as delícias da terra. Gente trabalhadora que até hoje sua a camisa, ajeita a terra para se construir novas histórias de muitos tons e sabores. Parabéns a toda equipe de professores e alunos (as). Sucesso estupendo!. Fazia tempo que a emoção não se ocupava de meu imaginário e coração. Sonia Reis
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